No rescaldo do sismo (e já com outro de igual intensidade ter acontecido), e ainda com a impossibilidade e incerteza de quando voltamos para Gili Trawangan, temos ficado na cidade de Praya, no Centro de Lombok. Praya, Cidade de onde o meu namorado Rudi é natural. Tal como Sul de Lombok, o Centro de Lombok é zona segura face a estes últimos acontecimentos em Lombok no que concerne a sismos e replicas.
Já tinha vindo algumas vezes para o dia, mas nunca tinha passado tanto tempo por cá. O sismo “obrigou-nos” a ficar por aqui mais tempo do que o que esperávamos e a imersão cultural tem sido brutal.
Não é comum verem-se por aqui muitos turistas, e os que se vêem apenas estão de passagem e os que escolhem pernoitar, é porque têm voo no dia seguinte.
A Cidade de Praya é bem diferente de Mataram ( a “capital” de Lombok), mais limpa, mais organizada, menos barulhenta e aparentemente, menos poluída.
Vou falar-vos mais em detalhe do que por aqui ando a fazer e o que tenho visto por esta cidade e arredores.
Onde Ficar:
Optámos ficar em Praya, por ser uma zona central, num homestay chamado Penginapan Artha. O preço por noite pareceu-nos razoável (125k/noite), e as instalações também são boas. Limpo e amplo.
Nas primeiras noites ainda dormimos fora do quarto não fosse haver mais alguma “surpresa” e a terra tremesse…(e o curioso é que quando estava a preparar este post, a terra voltou a tremer mesmo…e à seria!)
Temos restaurantes aqui a volta, e o centro de Praya também. Para nos deslocarmos precisamos de uma mota (o Homestay não oferece esse serviço, pelo menos que me tenha apercebido)
Até ao momento em que escrevo este post já vamos ficar a 14ª noite.
Onde Comer:
- Restaurante Puri Boga
Andávamos já para experimentar este restaurante, que de fora tinha muito bom aspecto. Fomos de dia, mas à noite apresenta um ambiente mais romântico.
Pedimos um menu para os dois (que na verdade era para quatro ou cinco pessoas!) por 190k (~ 11€). Um verdadeiro banquete, e o espaço espectacular. Fica perto do nosso homestay e do centro da cidade.
- Street Food
Na zona central da cidade, ao final do dia o que não faltam é roulottes e comida de rua. Encontramos Sate (espetadas de frango ou de vaca), hamburgers, meat balls (uma espécie de almôndegas), arroz, batata frita, etc.
E o melhor disto tudo, é que fazemos um verdadeiro banquete por menos de 5€!
- Warungs locais: Bakso Solo
Dos restaurantes locais destaco este, mesmo em frente ao nosso hotel. E que viciada ando eu nesta sopa que aqui servem! Basicamente é um caldo, com cebola, e carne de frango tipo salsichas. Uma delas tem ovo no meio.
O Aeroporto Internacional de Lombok
A Cidade de Praya acolhe o Aeroporto Internacional de Lombok, que continua a crescer e a ter cada vez mais conexões. Por exemplo, daqui já se voa directo para Kuala Lumpur na Malásia e para Singapura. E espera-se que futuramente possa voar directamente para mais países. Muitos outros destinos são com escalas em Bali ou Jakarta por exemplo.
Os voos entre Lombok – Bali também são uma opção muito usada pelos turistas. São relativamente rápidos (cerca de 30/40 minutos se não me falha a memória) e uma óptima opção para quem quer “fugir” às, por vezes, longas esperas nos barcos.
O aeroporto é novo e não é muito grande, e menos atolado de gente do que em Bali.
A Mesquita de Praya: a Masjid Agung Praya
No centro da cidade de Praya existe uma mesquita, a Masjid Agung Praya, que considero que seja um ponto a visitar. Não cheguei a entrar pois nas duas vezes que aqui estive era hora de oração e não deu para visitar.
Nesta ultima vez que estive, encontrei um grupo de Miúdas que acabei por me sentar com elas por uns momentos e tirar muitas fotos. É comum isto acontecer por Lombok, há vilas e zonas que nunca passam turistas, ou se os vêem é mesmo só de passagem. E quanto têm oportunidade de se aproximar de alguém de forma, isto vira um acontecimento e uma sessão de fotos acontece!
A Vila de Bunsalak em Praya
Sendo esta a Vila onde cresceu o Rudi, temos passado aqui muito tempo. Tenho aprendido como vivem os locais, bem como num espaço de 2 ou 3 assisti a dois casamentos. Vi também como fazem a colheita do arroz!
Engraçado ver que a população aqui é auto-sustentável. Não passam fome. Há arroz, vegetais, gado, peixe. Tudo o que precisam a terra dá. Vem directamente do campo para a mesa (bom, mas eles não usam mesa, a mesa é mesmo o chão!). São vidas simples, sem luxos, vidas do campo, talvez um Portugal de há 50 anos atras! O banho é de agua fria, muitas vezes fora de casa, e o dormir é no chão!
Casamentos Locais
Nestes dias, assisti a dois casamentos na vila do Rudi. O verdadeiro acontecimento na vila. Toda a gente corre para a rua para ver e participar. Os noivos depois da breve cerimónia religiosa fazem uma espécie de procissão pela vila, onde não falta musica e animação!
Fotos do Casamento 1:
Fotos do Casamento 2:
Colheita do Arroz
Muito interessante ver a colheita do arroz. Já aparecemos numa “fase final”, visto que já tinham feito a colheita, mas ainda assim foi giro de ver…e aprender!
Depois de plantado o arroz fica cerca de 3 meses até “estar pronto” para ser colhido. Quando finalmente os campos apresentam uma cor dourada, esta pronto. Então aí, é feita a colheita. Depois de retirarem todo os arroz do campo, este é sacudido para que os pequenos bagos se soltem da própria planta. Depois, fica a secar durante dois dias, até os pequenos bagos brancos de arroz se soltarem … e voilá temos arroz !
Gerak Jalan
Alunos de escolas desfilam pelas ruas por altura de comemorações da Independência da Indonésia que ocorre a dia 17 de Agosto. É também uma espécie de competição entre escolas. É a confusão total. Durante 2 ou 3 dias fazem esta marcha de comemoração, em que se podem ver diferentes fardas e anos escolares. No meio, motas e carros entre desfiles!
Arredores de Praya: a Vila de Kidiri
Fomos visitar um amigo do Rudi, que trabalhava numa lavandaria em Gili, a uma pequena aldeia nos arredores de Praya, em Kiri. Chegados lá, tornei-me uma espécie de celebridade, pois nunca há turistas por lá. E confesso-vos que saí de lá com um belo “murro no estômago”, de tão pobres que são… mas olhem os sorrisos destas crianças:
Não tirei muitas fotos da vila, mas se espreitarem no meu instagram ainda conseguem ver stories da minha tarde por lá!
Este post foi mais longo do que o normal, e sobretudo muito ilustrativo, mas acho também interessante mostrar-vos um pouco da cultura local e não só pontos turísticos. Quando viajamos para estes países normalmente vemos só o lado bom, muitas vezes nem chegamos a ver a realidade em que vivem as pessoas… não é verdade?
Entretanto, já sabem que me podem acompanhar aqui no meu instagram.
Boas Viagens ❤️
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